terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Violation


O gênese desta banda encontra-se no início de 1979, em Bradford (a oeste de Yorkshire), quando o baterista Aky (Aki Nawaz Querish ou simplesmente Haq Quereshi - filho de imigrantes paquistaneses) e mais dois amigos, Johana e Tim Calvey, decidiram fazer um pouco de barulho. No início chamavam-se Plastic Bucket and the Abortions e, como os demais grupelhos punks, eles usavam umas camisetas bem velhas com o nome da banda escrito a mão para chamar atenção e "compensar" a falta de aptidão com os instrumentos.

Passado um período, Aky não queria mais farra e estava decidido que a banda seguisse um caminho mais sério, e assumiu também o papel de “empresário”. Adotou o nome Violation e a reformou com Barry Jepson (baixo – dono de uns slaps magníficos!), Mick Isles (guitarra) e Mick Brady (vocais). Barry recorda que Aky acordava às 8 da manhã, trabalhava até umas seis horas por dia, telefonando para promotores e gerentes de gravadoras e que o baterista tinha uma inacreditável determinação. Com esta formação, eles realizaram alguns gigs locais, dividindo o palco ocasionalmente com o New Model Army (conhecida neste período pelos amigos como "Huslter Street band") , até que Mick Brady foi substituído por Gary O'Connell no final de 1980. Com o novo vocalista, os gigs prosseguiram (uns importantes, como a abertura para o The Clash no St. Georges Hall), apresentando sons notáveis em seu set como “Boys in Blue” e “Assault & Battery”. Entre 3 e 4 de janeiro de 1981 eles gravaram uma fita demo no Bradford Community Studio. Algumas músicas gravadas foram “Violation”, “The System” “Hymn 359” e “Fashion” (instrumental aproveitado mais tarde pelo Southern Death Cult em “The Crypt”).

Dias depois dessa sessão, Mick Isles decidiu debandar para dedicar-se sua nova vida de casado. O resultado disso foi que o guitarrista/vocalista do New Model Army Justin Sullivan for a recrutado para tocar guitarra naquele que viria ser o último show dos caras (a banda fez cerca de 20 shows durante uns 18 meses de sua existência) num lugar no norte de Inglaterra chamado Newcastle, Sunderland ou Middlesbrough (ninguém lembra o nome ao certo).

Quando entrevistado em 1991, Justin relembrou desse fato: “Eu disse ‘eu tocarei guitarra para vocês’ porque eu pensei que seria absolutamente simples, o que deve ter sido, mas eu não aprendi direito. Então eu realmente mandei mal em Newcastle (?). Eu toquei como guitarrista para um único show do Violation e na verdade eu mandei mal mesmo”.

Depois da desastrosa apresentação, Gary se mudou para Brighton e banda dissolveu-se. Barry e Aki continuaram ensaiando numa adega da Rua 166. Esse também era o novo lar que Barry estava dividindo com Joolz Denby (artista plástica, poeta, escritora, artista multimídia etc) e Justin Sullivan que haviam convertido esta adega numa espécie de squat/estúdio, revestindo o piso num assoalho falso e as paredes com caixas de ovo.

Por volta de março de 1981, o estudante de artes e guitarrista David “Buzz” Burroughs juntou-se a Barry e Aki. Buzz tinha tocado por alguns anos numa banda chamada God and the Demi-Gods, também de Bradford. Os três ensaiaram um novo material incluindo o esboço da canção “Vivisection”. Esta fase, dentro do estúdio improvisado, durou quase dois meses até que Ian entrasse nessa história.

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